sexta-feira, 12 de outubro de 2007
2 CONGRESSO DE JORNALISMO AMBIENTAL. SEGUNDO DIA.
O Segundo dia de congresso iniciou com a conferência sobre mudanças climáticas, com os palestrantes José Marengo e Jefferson Cardia(foto). Marengo, que é doutor em meteorologia chamou atenção para o que chama de "enfoque fatalista" dado pela mídia às questões ambientais e que acaba gerando descrença por parte da população. O glaciólogo Jefferson Cardia citou alguns dos erros mais comuns da imprensa, relacionados à falta de conhecimento básico sobre o assunto e conceitos equivocados. "Calotas polares" por exemplo, é uma denominação equivocada comumente dada pela imprensa ao que na verdade são"mantos de gelo", esclareceu Cardia.
Outro erro comum, lembra o glaciólogo, é achar que o gelo da Antártica está derretendo, quando na verdade a porção significativa de gelo marinho que está derretendo é no Ártico. Ambos os cientistas chamaram atenção para uma preocupação em comum: o público leigo não sabe diferenciar o que é puro achismo opinativo, do que é uma notícia com base científica. E na maioria das vezes o jornalista, formador de opinião, é o responsável por estas confusões que geram tantas preocupações desnecessárias e falta de acões efetivas.
No momento aberto a perguntas foram comentados os filmes "O Dia depois de Amanhã", considerado pura ficção alarmista sem qualquer base científica e "Uma Verdade Incoveniente", de Al Gore, o qual foi considerado bom informante e parabenizado por chamar atenção (mesmo que ao modo hollywoodiano) para as mudanças climáticas de forma mais correta, do ponto de vista científico. "O filme deixa claro que Al Gore tem um bom grupo de assessoristas cientistas", afirmou Jefferson.
Paralelamente aos painéis principais ocorreram oficinas, como a misitrada por Fabrício Fonseca que traçou um rápido perfil histórico do jornalismo científico e ambiental no Brasil e no mundo. E a mostra sobre "produção de videodocumentários ecológicos", conduzida por Domingos de Carvalho que falou do processo de pesquisa e produção desse tipo de mídia, mostrando e debatendo o vídeo Rio das Contas, filmado na região da Chapada Diamantina.
O painel da tarde foi sobre a sustentabilidade dos veículos ambientais de comunicação e gerou intenso debate sobre o que fazer frente à necessidade de publicidade para manter o veículo em circulação mesmo quando o anunciante acaba contradizendo as políticas ambientais da própria mídia na qual anuncia. O encerramento foi sobre gestão das águas, palestra que enfocou o que pode e deve ser feito para reverter o já atual caso de escassez da água no mundo, e como as mudanças climáticas influem também nessa outra questão fundamental à vida humana.
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