Na última manhã do CBJA, o pesquisador Philip Martin Fearnside falou das perspectivas para a Amazônia no século XXI. Sua palestra tratou de temas como escassez de água na região, influência dos ventos e das queimadas sobre o ecossistema local, e os efeitos do efeito estufa na floresta. Rondônia foi citada como sendo a região mais crítica em termos de desmatamento acelerado e segundo Philip, somente as temperaturas elevadas e a escassez de chuvas "já seriam suficientes para praticamente acabar com a Amazônia até 2080". Gráficos ilustraram as previsões científicas para o Brasil e o mundo, e mostraram o "ponto de desiquilíbrio" causado pelo desmatamento que gera a seca. Na sessão aberta a perguntas, o palestrante explicou que reflorestar é muito mais complicado do que evitar o desmatamento daquilo que já existe. Uma área de florestas equivalente ao tamanho de "uma Austrália e meia" seria necessária para neutralizar todo o carbono que produzimos, afirmou ele.
Na sala de Cinema da UFRGS ocorreu paralelamente uma oficina sobre a mídia digital a serviço da preservação ambiental, com Katarini Miguel, da ONG Vidágua de São Paulo. Foi comentada a importância dos meios de comunicação como a internet, na difusão dos trabalhos ambientais e também o papel do jornalista nesse mercado. Paralelamente ocorreu palestra no salão principal sobre o tema: "Cidades Sustentáveis". O Congresso vai encerrar esta noite, ás 19hs.
Gráfico sobre mudanças de temperatura: mancha vermelha na Amazônia.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
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