quarta-feira, 30 de maio de 2007

BONITO (continuação)

DICAS VITAIS À SAÚDE _ sua e do seu passeio!

Muita gente tem se interessado pelo passeio para Bonito, no Mato Grosso do Sul. Me sinto então quase que no dever de alertar para alguns detalhes além das indiscutíveis belezas naturais do lugar.

Como chegar.

De ônibus saindo de Curitiba ou São Paulo a viagem leva cerca de quinze horas até Campo Grande (a distância de qualquer um dos estados é quase a mesma). Chegando em Campo Grande deve dirigir-se até a empresa Cruzeiro do Sul* _ a única que faz o trajeto Campo Grande-Bonito ,e comprar os ingressos que não podem ser reservados portanto pode haver espera.

É possível checar com a Cruzeiro do Sul quais os horários dos ônibus mas fica difícil calcular exatamente já que o ônibus até Campo Grande pode atrasar. (A empresa que faz o trajeto Curitiba-Campo Grande é a Eucatur**)

As passagens de ônibus incluindo ida e volta saem no total por menos de 300 reais. Passagem de avião Curitiba-Campo Grande-Curitiba sai em torno de R$700.

Bonito não possui aeroporto estruturado, apenas uma pista de aterrissagem cuja única empresa autorizada a aterrisar com passageiros é a TAM através da CVC de São Paulo. Em outros casos, somente descendo em Campo Grande e pegando o ônibus até Bonito.

Outra possibilidade é contactar o Hostel*** e se informar sobre serviços de vans de Campo Grande até Bonito ou vice-versa para a volta. Chega-se mais rápido e custa em média R$40.

Quando ir.

Existem basicamente duas possibilidades: a baixa e alta temporada. Cada uma com seus prós e contras. Na baixa (março até novembro, com exceção das férias de julho) há menos gente, e portanto mais facilidade para conseguir vagas em passeios e diárias mais baratas.

A maior vantagem da baixa temporada é ter mais tempo e calma para curtir os passeios, que não ficam lotados e aproveitar alguns descontos. A desvantagem é o clima que pode ser um pouco frio, pode chover e a falta de sol atrapalha um pouco.

Já na alta temporada, de dezembro até o carnaval, a cidade fica cheia e os preços aumentam. A desvantagem é a correria para conseguir vagas e as visitas ficam mais rápidas devido ao grande número de turistas, mas segundo os guias e gente local o clima é ótimo e o sol deixa algumas trilhas e visitas ao abismo e ás grutas ainda mais emocionantes.

O que evitar.

Pra quem decidir se hospedar no Hostel não recomendo o passeio de Eco-bike, a não ser que a pessoas esteja disposta a percorrer de bicicleta um longo caminho de barro, pedregulhos, buracos, colméias de abelhas, mato alto etc...

Minha experiência pessoal foi decepcionante devido ao próprio guia ter se perdido, mas como meu grupo serviu de "cobaia" acredito que nos próximos isso não se repita. Hunf! Se resolver ir, se informe bem primeiro.

Isso na verdade vale para qualquer passeio... Alguns exigem maior preparo físico, outros exigem coragem pra encarar alturas ou que não se tenha pavor de morcegos.

O rapel para quem nnunca fez pode ser um desafio, mas para isso existe o treino antes e as recomendações dadas quanto ao que levar e como se vestir devem ser seguidas a risca.

A boca da onça, para quem sobe a pé exige um pouco de fôlego pois são mais de 800 degraus, mas existem pontos para paradas rápidas.

As flutuações podem causar pequenos descomfortos, como o frio, principalmente durante e logo após sair da água. Em dias quentes são bem mais recomendáveis.

Onde ficar

Além do Hostel ou Albergue da Juventude existem inúmeras opções com diárias que vão desde R$25 até mais de R$1,000. Vai do gosto e do bolso do cliente!

*Rodoviária Bonito (67) 3255-1606
Rodoviária Campo Grande (67) 3382-9170

**Eucatur - Matriz em Cascavel (45) 3902-1010

***Hi Hostel (Albergue da Juventude - Bonito) (67) 3255-1022
ou (67) 3255-1462

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Bonito é Apelido!

Mergulho, flutuações, trekking, rappel, cobras, jacarés, araras, macacos-prego... Cachoeiras, banhos de rio, muito peixe, emoção, aventura, paz e descanso... Bonito não é só bonito como é também apaixonante.A cidade de cerca de 30 mil habitantes que fica há cerca de 4 horas de carro de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul merece uma visita por suas belezasnaturais e povo acolhedor. E se a cidade agradece a visita do turista ("Agora que você chegou, Bonito ficou lindo") com certeza o maior beneficiado é oturista. Impossível deixar a cidade sem se
sentir mais bonito por dentro!

Algumas das atrações imperdíveis:
Para ter contato com animais e interagir com a natureza: Rio do Peixe

Um dia de passeio incluindo almoço na fazenda com comida típica caseira. Pela manhã muitas trilhas e mergulhos em rios e cachoeiras, após tanta caminhada, umalmoço delicioso e merecido descanso de rede com direito a barulhinho d'agua caindo... Hmmmm. Depois, hora de alimentar os macacos! Eles são criados soltos,mas por estarem acostumados com os turistas que visitam diariamente, vêm buscar bananas na sua mão. Mais caminhada, dessa vez com direito a tirolesa. O pas-seio todo é repleto de lindos visuais e na maioria das paradas é permitido nadar e pular n'agua, os mais aventureiros tem direito a entrar numa pequena ca-verna cheinha de mansos morcegos. A finalização inclui um contato direto com as araras que também já se acostumaram com o turista, o dono da fazenda é uma comédia a parte, sempre fazendo piadas... Ele coloca as araras no ombro do turista que pode alimentá-las.






As araras estão acostumadas com os turistas, na fazenda do Rio do Peixe.

Pra quem sonha em pegar na cobra: Projeto Jibóia.

Oportunidade pra se conhecer mais sobre esses bichos tão injustiçados pela opinião geral _ palavras do palestrante! Uma visita ao projeto garante palestraexplicativa, mas o grande momento é o final quando os convidados pegam na cobra (uma jibóia sem veneno) e a colocam no pescoço para tirar fotos! Tudo com segurança e a verdade é que após a ouvir todas as informações e observar aquela cobra no pescoço do homem por tanto tempo, fica até fácil perder o medo. Valor= R$20. Todos os dias as 19 hs.

Pra quem ama o fundo do mar (mas nao tem licença de mergulho): Flutuação no Rio da prata.

A flutuação é uma ótima alternativa para quem não possui credencial de mergulho. Qualquer um pode fazer, até mesmo quem não saiba nadar. O guia explica osprocedimentos básicos e treina com o grupo no olho d'agua antes de partir para mais de uma hora de passeio. O Rio da Prata é o mais bonito devido à quantidadee variedade de peixes. São realmente enormes e quase esbarram nas pessoas! Mas existem outras opções de passeios incluindo flutuação, por exemplo o Rio Sucurie Aquário Natural, ambos divertidos porém mais curtos e com menos peixes. Um barco acompanha durante todo o passeio e no final um delicioso almoço aguarda ogrupo de mergulhadores. Se o dia estiver bonito vale visitar o Buraco das Araras que fica bem pertinho e custa R$20. Os melhores horários para se ver ararassão de manhã cedo ou ás 4 da tarde.


Pra quem curte o mundo"underground": Gruta de São Miguel e do Lago Azul.
Vale a pena visitar as duas já que são passeios rápidos e ficam a poucos minutos de distância. A Gruta do Lago Azul é uma das atrações mais famosas e a cor dolago justifica o nome que leva. É de um azul estonteante. Também recomendável aproveitar um dia de sol, mas se não for possível vale a pena de qualquer forma, o lago é incrivelmente azul o ano inteiro.

Pra quem busca adrenalina: Rapel no Abismo Anhumas e Boca da Onça.

O primeiro tem 70 metros de altura e é a única forma de se chegar na gruta com formações de cerca de 800 mil anos. É considerado uma das maiores aventurasdo Brasil, exige um treino rápido no dia anterior. Após a decida, os turistas flutuam pela caverna e também é permitido o mergulho autônomo para credenciados,a visão é linda do começo ao fim da decida de rapel, e também debaixo dágua. Após flutuar, um passeio de bote com explicações detalhadas sobre as formações dacaverna. A volta é outra aventura, o único jeito de sair é como se entrou, portanto é necessário um pouco de resistência física para encarar mais 70 metrosde subida por rapel. O passeio é o mais emocionante e a adrenalina apenas complementa o visual! Indispensável!Já na Boca-da-onça (a maior cachoeira do estado) existe a opção de fazer a decida por rapel ou por uma trilha, tudo depende do gosto do cliente! Por rapel são noventa metros no negativo, a pé encontra-se algumas cachoeiras e luagres bonitos, pode-se nadar em três pontos de parada. O passeio leva o dia inteiro, tem almoço incluído no final do dia e quem decide ir a pé encara 860 degraus (número não confirmado devido ás diferentes contagens dos exaustos turistas) que levamao topo com uma vista linda. Pode soar cansativo mas na verdade é tranquilo, lindo e gratificante.
Para os que não se contentam com a superfície: Batismo no Rio Formoso.
Trata-se de um mergulho acompanhado de mergulhador profissional e experiente, que acompanha o novato do início ao fim. A decida vai até cerca de seis metros de profundidade e exige cilindro mas pode ser feita por quem não tem credencial de mergulho ainda (depois dessa qualquer um fica louco pra fazer o curso). o percurso debaixo d'agua dura mais ou menos uma hora e inclui passar debaixo de uma cachoeira que forma montes de bolhas que envolvem os mergulhadores, é divertidíssimo pra quem nunca fez mergulho. Sai por cerca de R$ 130 na baixa temporada, com desconto para mais de duas pessoas.
Gruta do Lago Azul.
















Dicas Gerais:

Existem várias pousadas e hotéis na cidade de Bonito, o que sai mais em conta é o Albergue da Juventude que oferece café da manhã incluído e diária de R$30 ou R$ 25 para associados, na baixa temporada e em quartos coletivos. No próprio albergue funciona a agênciad e turismo que organiza todos os passeios acima entre outros.

A pessoa deve se programar pra gastar no mínimo quinhentos reais, incluindo estadia e transporte (os passeios ficam sempre um pouco distantes da cidade, por isso gasta-se em torno de 30 reais a cada ida e vinda de van), excluindo o rapel no Abismo Anhumas que é o passeio mais caro saindo por cerca de R$300 mas valecada centavo por ser uma experiência única.

O espírito de quem sai numa viagem-aventura desse tipo deve ser aberto á pequenos imprevistos, já que é impossível controlar as forças da natureza e lembrarsempre que esse é um passeio eco-turístico porém a consciência de preservar é fundamental em todos os momentos.

Muita gente de fora do Brasil vai para Bonito o ano inteiro, é uma ótima chance de conhecer novas pessoas com espírito aventureiro.

O Hostel oferece excursão pro Pantanal, e também há outras agências que cuidam disso. Se houver tempo e dinheiro vale a pena conhecer esse outro paraíso ecológicoque fica ali pertinho!

domingo, 27 de maio de 2007






Entrevista.






Bate-papo na fazenda.

Sr. Amadeu Barbosa Ferreira, 48, natural de Campo Grande, acolheu nossa equipe em sua bela estancia São José, na cidade de Rochedo há 68km da capital sul-matogrossense. Lá, além de caminhadas a cavalo, pesca, e “causos” da roça, ele conversou sobre assuntos sérios, como preservação do Pantanal, projetos dde turismo cinetífico, boi orgânico, entre outros.


Boi Orgânico
Trata-se de uma forma de criação de gado que já vem sendo realizada há cerca de seis anos, segundo seu Amadeu, pela fazenda Eldorado, no Mato Grosso do Sul. O boi para ser classificado como orgânico deve seguir certos padrões estabelecidos pela Embrapa e a fazenda para receber autorização deve realizar algum trabalho de cunho social. O boi orgânico come o mesmo tipo de pasto do boi normal, porém é criado em pasto diferente.


A diferença está na forma de combate á doenças. Esse boi é vacinado apenas uma vez e depois disso é tratado apenas por remédios naturais, acompanhado por um ambientalista, um veterinário e pela supervisão do Ministério da Agricultura.


A carne orgânica é sem dúvida uma alternativa mais saudável à carne tradicional, porém devido ao custo elevado vem sendo usada para exportação, já que segundo seu Amadeu “o custo não compensa”. Ele afirma que a carne já chegou a ser vendida pelo Carrefour, mas que é muito raro encontrá-la em açougues e mercados.

Turismo Científico
Diferente do já famoso eco-turismo, no qual o turista interage com a natureza causando o menor impacto possível, ou seja buscando não alterar aquilo que o cerca, o turismo científico, porenquanto menos divulgado, oferece ao turista a oportunidade de ser também um voluntário em pesquisas que afetam a natureza de forma positiva e buscam proteger ou melhorar as condições de determinados ecossistemas.


Conversei com seu Amadeu a respeito desse tipo de turismo interativo, do qual ele vem participando, levando turista estrangeiros até o Pantanal para trabalhar voluntariamente em projetos de cunho científico. A parceria é com o Earthwatch Institute, que proporciona expedições ao redor do mundo.


Na primeira página do website do Instituto, a pergunta: “Aonde você quer ir para fazer a diferença?” Essa é a idéia do chamado turismo-científico. Em junho desse ano, uma expedição já está agendada para ir até o Pantanal e seu Amadeu irá acompanhá-los até a base da Uniderp, na fazenda Ararauna. Ele explica que o grupo de oito voluntários estudará répteis da região pantaneira.


Qualquer pessoa pode se inscrever, independente de possuir qualquer conhecimento prévio na área de estudo do projeto. O turista-voluntário participa ativamente de todas as fases do projeto, desde trabalhos em campo até observação de material em laboratório.


“A preocupação com a biodiversidade global é o que motiva os voluntários”, acredita seu Amadeu, que realiza entre outras coisas o transporte aéreo de turistas e pesquisadores até o local de estudo. Ele chama atenção para o fato de que a conservação do Pantanal ainda é grande devido à preocupação do próprio povo pantaneiro e do difícil acesso ao local.


Mas não é apenas na região centro-oeste brasileira que projetos vêm sendo realizados. Em 2007 expedições estão marcadas para 16 regiões apenas na América do Sul, incluindo uma à Amazônia. Já que as expedições são realizadas no mundo inteiro, é comum o turista brasileiro participar de projetos em outros países e vice-versa. O voluntário banca a viagem e as despesas e ajuda a fazer um mundo melhor para si mesmo e para outros, para voluntariar-se basta checar o site www.earthwatch.org.
Já pensou em ser voluntário num trabalho que estuda esses bichinhos? É o chamado turismo-científico.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

DVD e LIVRO - PROFECIA CELESTINA



UMA VIAGEM INTERIOR

Profecia Celestina deve ser assistido sem nenhum pré-conceito, ou seja, sem nenhuma idéia ou conceito estabelecido previamente a respeito do tema tratado no filme. Além de manter a mente aberta á novas possibilades é importante também se dar alguns minutos para refletir após assisto-lo. Nada do que o filme apresenta deve ser totalmente aceito como pura realidade, tampouco rejeitado como mera ficção.
Está se tornando cada vez mais óbvia a necessidade de mudar a visão humana perante o mundo em que vivemos. Á medida que mais e mais pessoas vão se concientizando dessa necessidade, mais suas idéias vão sendo difundidas, através dos mais variados meios. Livros como “O Segredo”, de Rhonda Byrne, “The power of Now” de Echart Tolle, revistas espirituais e de Yoga, e outros incontaveis meios de comunicação tem alertado para a existencia de “algo mais” além do nosso poder de compreensão que ajuda a reger o mundo em que vivemos e não deve ser ignorado para o bem da humanidade como um todo.
Por detrás de alguns efeitos hollywoodianos e um tanto quanto dramáticos, é disso que Profecia Celestina fala tambem. Tais assuntos nada tem a ver com religião, pelo menos nenhuma religião específica. De acordo com essa “Profecia”, as religiões simplesmente deixariam de existir a medida que simplesmente se fundiriam em uma só, uma religião universal. Certamente essa idéia soa familiar, e para muitos utópica ou muito distante da realidade.
Mas a concretização da “Profecia” depende apenas de cada um, pois é um processo interno de auto-conhecimento e abertura para simplesmente aceitar a existencia desse poderoso campo energético que nos cerca o tempo todo, influencia nossa ações e interações com outros e quando nos damos conta dessa existencia as coisas passam a ser mais simples, nossos valores são muitas vezes reavaliados de forma positiva e a melhora na qualidade de vida daquele que conhece a si mesmo, estende-se não só a sua própria vida como a de todos aqueles que o cercam.
Portanto assistir a esse filme pode gerar, além de deleite para os olhos, graças ás belas imagens dos vilarejos do Peru, um primeiro passo para repensar a própria vida e sua relação com o divino, ou espiritual; para aqueles que já começaram sua busca pelos insights, assim chamados no filme mas que se referem á simplesmente passos dados em direção á completa paz interior, irão também se confortar ao ver o tema levado ao cinema e na certeza de que a humanidade está, mesmo que lentamente, começando a despertar.

Importante lembrar que também existe o livro, no qual o filme foi inspirado e como sempre acontece contém muito mais informação e a essencia dos ensinamentos apresentados mais superficialmente no filme.





segunda-feira, 7 de maio de 2007

Prazeres Locais















Muitas vezes é preciso passar um tempo longe do lugar que nascemos pra aprender a valorizar aquelas coisas que antes nem notavamos por serem tao cotidianas. Curitiba, que por acaso ou destino trata-se de minha cidade natal, certamente nao se exclui da categoria de cidades injusticadas por moradores insensiveis (leia-se inexperientes, ou “desviajados”_ acho que acabei de inventar a palavra), incluindo esta que vos escreve_ sim, eu mesma ja deixei de enxergar a importancia dos itens da lista que segue alguns paragrafos abaixo.

Qualquer um que passe tempo suficiente for a de sua cidade, estado ou pais, quando voltar será capaz de olhar para o local com novos olhos e consequentemente reanalisar sua propria opinião. Regressar ao lar nao quer dizer deixar de ver os problemas ou pontos fracos, ou perder o olhar crítico sobre a cidade, país, etc, mas sim dar valor a certas coisas que jáestavam quase esquecidas e/ou que antes não chamavam atenção.
Quanta gente achamil motivos pra falar mal do nosso país, principalmente quando vive nele, afinal quando é que o ser-humano está satisfeito com alguma coisa, incluindo o local que vive? Raramente! Enfim, existe esse fenômeno que leva as pessoas a simplesmente A-M-A-R-E-M o Brasil, assim que botam os pés fora dele!








Prazer brasileiro: paulista bebe agua de coco em Feirinha de Domingo em Curitiba.

Vai entender essa raça humana… Pessoalmente, posso comentar as impressões que tive ao
retornar e rever minha cidade. Espero que o leitor possa também rerfletir sobre os pequenos prazeres que se encontram em cada esquina do local onde vive, e tantas vezes passam desapercebidos. Perder a capacidade de se encantar diante dessas pequenas coisas é perder a capacidade de viver a vida.




Olha a pera, morango, vai um abacaxi fresquinho? Os cheiros, os sons e as cores de uma tradicional feira de rua.



1. Feira de rua.
Cheiro de frutas e legumes fresquinhos, vendedores contando historias e chamando freguesia, biscoito caseiro, poncan e o delicioso, unico, inigualavel: proximo item da lista…

2. O pastel de feira.
Merece um item so pra ele porque eh mesmo Unico!

3. Artesanato.
Em Curitiba a Feirinha do Largo, ou “das Pulgas” ou ainda “Feirinha Hippie”. Todos os domingos no Largo da Ordem, até à uma da tarde.

4.Comida Típica.
Feijão tropeiro, barreado, pinhão, etc…

5.Ruas arborizadas.
E que continuem as árvores nas ruas!

















6.Parques
Tingui, Tangua, Barigui, Botanico, Bosque Alemao, Passeio Publico, Bosque do Papa, e por ai vai…

7.Capoeira
E no meio da rua.

8.Agua de coco
No coco por favor, nada de caixinhas!

9.Serviço de taxi e transporte coletivo
Eficiente, acredite!


10.Paz, sossego, familia, amigos…
Existe alguma coisa que pague isso?






Por essa gringo nenhum esperava. Curitiba tambem tem sua propria "Estatua da Liberdade" e ate mesquita. A primeira fica em frente a loja da Havan e a segunda no centro, em frente ao local onde se realiza `a Feira de artesanato aos domingos.

sábado, 5 de maio de 2007

ASIA E EUROPA SAO VIZINHAS NA AMERICA



Esqueca os livros de geografia e os professores que lhe ensinaram que a China ficava na Asia, bem distante da Italia, que por sua vez era um pais da Europa.
Do outro lado do oceano, a realidade eh outra: Italia e China sao vizinhas e dividem um territorio na America... Mais especificamente, as duas vieram parar no centro da cidade de Nova Iorque.



As comunidades italiana (Little Italy) e chinesa (Chinatown) ao sudeste de Manhattan, sao realmente tao proximas que chegam a se misturar e nao eh dificil encontrar chineses percorrendo as ruelas de aroma italiano.
Apesar da proximidade geografica, as diferencas entre ambas permanecem bem definidas e jamais voce ficara em duvida quanto a estar em uma ou outra, mesmo que a distancia se resuma a uma esquina.


"SEE CHINA RIGHT IN FRONT OF YOU" *
o "bloody angle" atual nao lembra em nada a " esquina sangrenta" dos anos 20, aonde gangues armavam suas emboscadas.

Apos andar algumas quadras pela Canal Street voce logo dara de encontro com a arquitetura e escrita caracteristicas do oriente, denunciando que as mudancas estao apenas comecando... Nenhuma fachada, seja de banco, farmacia ou predios comerciais escapam das inscricoes em mandarin.
Por todos os lados surgem olhinhos puxados e os raros nao-asiaticos que circulam pelas ruas, denunciam pelas maquinas fotograficas que estao ali a passeio, assumindo a condicao de turistas. E tem mesmo muita coisa para ocidental ver...
O Mahayana Buddhist Temple por exemplo, oferece mais motivos para ser visitado do que apenas a beleza e o atrativo turistico. Eh um verdadeiro refugio de paz e tranquilidade, uma oportunidade de respirar e se ausentar por alguns minutos da correria e barulho das agitadas ruas e avenidas que o circundam.
Mahayana Buddhist Temple. Paz
e tranquilidade acessivel a todos,
independente de religiao.

Como nao podia deixar de ser, os comerciantes descobriram ali boas oportunidades de negocio e se amontoam por todas as ruas, servindo a uma multidao atenta aos precos convidativos que ajudaram a atrair fama para a comunidade.
Desde a multidao que lota as ruas e _ao contrario do que se esta acostumado por aqui_ respeita o sinal de transito; ate o chines velhinho andando de bicicleta com seu chapeu de palha... Tudo o faz crer que voce esta mesmo na China.
De vez em quando surge uma timida placa de NYC em algum poste e mesmo ofuscada por tantas outras em mandarin, ela o traz de volta a terra e faz lembrar que voce esta nos Estados Unidos.

Simbolo do capitalismo americano,
nem o Mc Donalds escapou de ganhar
um "toque oriental" na comunidade chinesa.


"A PLACE THAT HAS TO BE BELIEVED TO BE SEEN" **
As cores da Italia vao surgindo em Little Italy.



Primeiro eh preciso acreditar: a Italia foi parar dentro da China. Pode ser que nao no mapa mundi, mas eh exatamente o que acontece no mapa de New York City.
Para comprovar basta seguir pela Canal ou Grand Street, ate a esquina com a Mulberry e a partir dai percorrer livremente as ruas.
De um momento para o outro, os olhos puxados dao lugar a sotaques europeus e a escrita oriental desaparece dando lugar a bandeiras
brancas, verdes e vermelhas... Voce esta em Little Italy.
Eh verdade que grande parte dos italianos que hoje vivem em Nova Iorque, nao moram exatamente na "Pequena Italia" e que Chinatown ocupa muito mais espaco do que a vizinha. Muitos moradores e novaiorquinos jamais ouviram falar ou foram pessoalmente ateh Little Italy, mas nenhum desconhece a fama e as pechinchas de Chinatown.
bandeiras da Italia e dos Estados Unidos adornam
restaurante na feira de San Genaro.

Mas se existe algo que movimenta o comercio e atrai olhares para a regiao, eh a Festa de San Genaro que perfuma as ruas ao redor da Mulberry com os aromas das delicias italianas, h'a quase oitenta anos, todos os meses de setembro.
A festa durante o dia da lugar a uma feira que atrai pessoas de todas as nacionalidades para comprar e inclusive para vender. Isso porque se engana quem pensa que atras das barracas ira encontrar apenas sotaque italiano. Os hispanos e os proprios chineses tambem viram uma oportunidade de negocio no evento e montaram suas barracas de comidas e produtos de beleza... Esses ultimos tao atraentes quanto seus precos.
Mas deixando de lado o consumismo vale a pena refletir sobre o verdadeiro significado da comemoracao, observando o bonito altar de San Genaro aberto a visitas bem ao lado das barraquinhas.
Imigrante aproveita a
oportunidade para fazer
oracao em frente ao altar
do santo italiano.


"IT WAS A BEAUTIFUL DAY" ***

Para quem acredita que uma boa vista recompensa um boa caminhada, vale a pena caminhar de volta por toda a Canal Street ate o seu final para dar de frente com o belo East River.
Nada como encerrar uma magica viagem de um dia entre dois continentes, contemplando uma das mais conhecidas vistas da cidade que lhe proporcionou tudo isso.

Fim do passeio: uma bela vista do East River.

* a banda irlandesa U2, demonstra entre seus quatorze albuns lancados, um carinho **especial pela cidade e mistura de culturas novaiorquina. Chegaram a escrever uma ***musica inteira dedicada a ela: " New York", do album "All that you can't leave behind" .
veja mais sobre o grupo em www.u2.com

quarta-feira, 2 de maio de 2007

New York New York






Depois de um ano e meio, dezenove meses pra ser mais exata, vivendo ao lado de Nova York, ha cerca de trinta minutos de Manhattan, minha visao da cidade nao pode ser comparada a de um turista que vai para tentar “ver tudo” em uma semana ou quinze dias. Posso garantir que se passasse minha vida toda la eu provavelmente me tornaria uma pessoa no minimo fria e dinheirista ao extremo antes de ver metade das atracoes novaiorquinas.
O maior motivo porque se torna dificil ver tudo o que ha para ver eh que a cada dia novidades estao surgindo, como era de se esperar na cidade que nao para nunca. Nao ha duvidas que certos pontos marcantes podem ser visitados em poucos dias, dependendo do folego e animo do turista, mas a maior atracao de Nova York nao eh algo que possa ser captado por cameras ou que fique parado esperando por visitas. A salada mista de culturas formada pelo povo que vive la eh no fim das contas, o melhor de todos os “pontos turisticos”.

Nao quero desmerecer de forma alguma o Empire State com suas luzes que mudam de acordo com as estacoes e podem ser vistas de quase qualquer ponto da cidade; alias, depois do tragico ataque `as Torres Gemeas, o predio recuperou o posto de maior edificio da cidade, e em escala mundial ganha das Piramides do Egito, Big Ben e Torre Eiffel _ ao menos no quesito altura. Muito menos deixo de fazer juz a beleza da Estatua da Liberdade (foto) , o presente da Franca que ainda atrai multidoes e vale a pena mais pelo passeio ateh a ilha onde esta o monumento e a vizinha Ellis Island_ com o modesto porem historico Museu do Imigrante_ do que pela arquitetura (nao esqueco o comentario do turista brasileiro que conhecemos na ida tao decepcionado com a pobre da Estatua: “Ai mas eh tao baixinha”).




Tambem jamais arriscaria diminuir a indescritivel sensacao de atravessar a Brooklyn Bridge, a gigantesca ponte que liga Manhattan ao bairro do Brooklyn (foto abaixo), com seus 1,091 metros de magnifica caminhada para quem se dispoe, e quem o faz eh recompensado eternamente pela lembranca das imagens que se tem la de cima. Sim, a ponte eh um presente para moradores e visitantes, nao eh de dificil acesso e recomendo que seja incluida nos quinze dias do turista ou ate mesmo espremida na programacao daquele que so tem sete dias disponiveis, afinal eh de graca e eh linda.











Ah, e o Central Park! Ah, a natureza no meio do caos. Em meio `a correria de novaiorquinos sempre apressados e obcecados com seus compromissos, um pedaco (“modestos” 340 hectares )de verde, grama e mais grama, terra, carrinhos de bebes com suas baby-sitters, zoologico com direito a urso polar em plena America do Norte_ meio deslocado o coitadinho; castelinho, lago, patos, flores,pistas de patinacao no gelo quando a estacao eh propicia, e ateh um museu, o famoso Museu de Historia Natural cuja entrada principal fica na 86th Street, literalmente dentro do parque. Claro que tudo em proporcoes magnificas, afinal isso aqui eh Nova York, ta pensando o que. Nao da, acredite, pra ver tudo em um dia.
Nao comentei a respeito da Times Square, Chinatown, Village, Museu de Arte Moderna (ou nenhum dos outros incontaveis museus, ja que Nova York eh a cidade que mais tem museus nos Estados Unidos) e nenhum dos outros menos famosos porem tao deliciantes quanto, pontos turisticos. Eh, um tour dessa cidade frenetica pacifica, apaixonante e estressante, poluida e revigorante, barulhenta e linda, nao cabe em uma materia legivel, menos ainda em poucos dias de visita, nao cabe sequer em uma vida, porque como disse, essa cidade nunca para, a cada dia tudo muda, nao os locais das atracoes, nao geograficamente ou nem mesmo visivelmente, mas a cada dia o ar eh novo, novos moradores chegam enquanto outros decidem que a “Grande Maca” ja lhes ofereceu o que tinha pra oferecer e partem em busca de um “canto mais tranquilo”.
Cada uma dessas pessoas _que geralmente nao podem ser encontradas na barca que vai para a Estatua ou no deque de observacao do Empire State, mas sim nas ruas do centro, dentro dos metros, vendendo bugigangas nas calcadas, vendendo comida em barraquinhas nas esquinas, eh que contribui para a atmosfera contagiante e fascinante da cidade, a mistura de idiomas, de cheiros, de roupas, de comidas, de paises e culturas convivendo em harmonia, quase total porque eh e claro a selvageria do capitalismo, que tambem nao escapa das tais “proporcoes novaiorquinas” . Essa nao adianta, parece que ali afeta mesmo todo mundo.

Manhattan. Beleza que nao cansa (nem ao mais antigo dos moradores).