sexta-feira, 1 de junho de 2007

FILMES

Parece que cada vez está mais "na moda" retratar as diferenças culturais, seja no cinema, em revistas, documentários ou outros meios de comunicação. Masse a prática já era comum a muitos anos agora está atraindo cada vez mais o interesse do público. Hollywood entrou com tudo na onda, e dois dos recentes lançamentos em DVD se enquadram no time.

Sete crianças, sete mundos
e apenas uma realidade. O filme Crianças Invisíveis de sete diretores renomados entre eles a brasileira que co-dirigiu Cidade de Deus, Katia Lund, mostra curtas estórias envolvendo crianças em sete países. O mais interessante é o paradoxo criado pelassemelhanças entre a maioria delas. A vida nos Estados Unidos, por exemplo, apesar de ser bem mais comfortável do que na África, mesmo para aqueles que vivem na pobreza, não isenta famílias de atravessarem problemas comuns como o da Aids. O medo da morte atinge tanto a garota contaminada que vai á escola nosEstados Unidos quanto o garoto que luta em meio á uma guerra de verdade, num dos exércitos infantis na África. Ao mesmo tempo que catadores de lata no Brasil esforçam-se pelo pão de cada dia e dormem nas ruas, crianças órfãs na China são maltratadas pelo chefe que as obriga á vender flores nas ruas. A desigualdadesocial fica evidente, não importando o país e destruindo o mito de que a vida em certos países, como Estados Unidos e Reino Unido _ ambos retratados no filme_ possa ser muito diferente da nossa aqui no Brasil ou em países pobres da África, Ásia ou Leste Europeu.


De volta aos anos 30,
num Japão pouco conhecido, Memórias de Uma Gueixa, também abre a sua maneira uma janela para um outro mundo, um cheio de segredos e mistérios. Além de emocionante e com uma certa dose de romance o filme tem um belíssimo cenário que foi na verdade reconstruído em plena Califórnia pela equipe do filme, devido á impossibilidade de achar uma antiga vila japonesa intacta nos dias de hoje. O resultado, apesar de ecologicamentequestionável (madeira ás toneladas foi importada do Japão e mandada por navio, sabe-se lá se houve alguma preocupação ambiental envolvida) é bem convincente.Vale a pena para se conhecer um pouco mais de uma cultura da qual nós ocidentais não fazemos a menor idéia e não é para menos. Seus mistérios são tantos queo próprio diretor do filme, Rob Marshal, afirma não ter absorvido tanto quanto esperava o que era ser uma gueixa no Japão pré Segunda Guerra. O drama é uma adaptação do best-seller de Arthur Golden e conta com atores chineses, japoneses e americanos.

Aguarde

Tudo sobre a cidade cenário do renomado "Cidade de Deus", o Rio de Janeiro, nas próximas atualizações.

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